sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de maio.....

ABOLIÇÃO NÃO!!!!!!! DIA NACIONAL DA DENUNCIA CONTRA O RACISMO.








Neste aniversário de 123 anos da abolição formal da escravidão de negras/os africanas/os e seus descendentes, percebemos o quanto esta população permanece violentada em seus direitos e vitimada pelas injustiças sociais. A Abolição da Escravatura não foi acompanhada por medidas de inserção dos afro-brasileiros na sociedade como portadores de direito. Não significou a melhoria nas condições de vida dos descendentes desse povo. Somam-se a esta situação a ameaça à sobrevivência, a desconsideração à cultura e à tradição herdadas. A riqueza do Brasil Colônia e Império foi construída, principalmente, pelas mãos dos negros e negras que foram feitos escravos. A memória desse fato motiva a sociedade a estar ciente da dívida que ainda tem para com os descendentes dos povos africanos.
O dia 13 de maio, data esta em que lembramos da falsa abolição da escravidão, é celebrado como Dia NACIONAL DA DENUNCIA CONTRA O RACISMO, além de sofrer com as desigualdades sociais, a população negra sofre também como o maior câncer da sociedade brasileira: o racismo.
Não bastasse as mazelas sociais que afligem esta população por meio do desemprego, do subemprego, da falta de moradia, dos péssimos serviços de saúde e educação, da falta de oportunidade e do preconceito e discriminação racial em todos os níveis, percebe-se a vigência de um projeto de extermínio por parte do estado brasileiro também através de suas polícias. Segundo o Ipea, negras/os ganham menos, trabalham mais e em piores ocupações. São a maior parte entre os sem carteira assinada e são a maioria em serviços domésticos, agricultura e construção civil. Incluem-se mais cedo no mercado de trabalho e saem mais tarde. Crianças negras são as maiores vítimas do trabalho infantil. Mulheres negras são as que mais sofrem com a violência doméstica e sexual e a juventude negra continua sendo alvo preferencial das polícias militares e civis
O IBGE confirmou que negras/os, jovens e mulheres são mais prejudicados com as demissões, fruto da crise financeira mundial. Ao mesmo tempo percebe-se a resistência cada vez maior das forças conservadoras e racistas em impedir avanços de direitos da população negra. Em São Paulo o próprio governador José Serra já explicitou seu posicionamento contrário às políticas públicas para negras/os. Negras/os e brancas/os pobres pertencem a uma só classe: a classe trabalhadora. No entanto, sofrem de maneira diferente as contradições desse sistema, seja por via do racismo, do machismo ou da exploração econômica.

O Estatuto da Igualdade Racial diz que em seu artigo 2º que é dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro, independente da raça ou cor da pele, o direito à participação na comunidade, defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e culturais.
O sonho ainda não se completou. Há ainda feridas não cicatrizadas e cicatrizes ainda doídas, pois “nenhuma sociedade passa impunemente por quatro séculos de escravidão”A luta contra o racismo deve ser permanente e militante. Sabemos que o racismo serve como ferramenta de manutenção da concentração de renda e do poder. Lembramos as palavras de Malcon-X: "Enquanto houver capitalismo haverá racismo".






POr Paula Oliveira e Barbara Regina

Um comentário:

  1. Felizmente nos dias de hj podemos expor nossos pensamentos,mesmo havendo racismo precoceitos quebramos algumas de muitas barreiras existentes,luta é luta e a nossa começa todos os dias qndo colocamos nosso pé pra fora de casa pq nunca sabemos as surpresas que esse mundo racista nos reserva!!!!!

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